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sábado, 16 de abril de 2011

Natureza - Aves Migratórias

Batuiruçu
Impulsionadas por fatores biológicos e ambientais, milhares de aves deixam anualmente suas áreas de reprodução e migram, percorrendo longas distâncias para garantir a sobrevivências das espécies. Todos os anos, o 30 réis ártico (sterna paradiae), ave preta e branca com pouco menos de 40 cm, realiza longo vôo de pólo a pólo. Durante 9 meses ele percorre mais de 20 mil km, do círculo polar ártico até o limite da Antártida, e retorna, então, ao ponto de partida. Campeão absoluto entre as aves migratórias de longo percurso é seguido de perto pelo Batuiruçu, que viaja 12 mil km e a velocidade até 90 km/hora, desde o pólo ártico até os pampas argentinos. Seis milhões de andorinhas azuis todos os anos no outono batem asas no Canadá, EUA e norte do México; parte delas desembarcam no interior de São Paulo.
A chegada de diversas aves migratórias pode passar despercebida para a maioria da população, mesmo assim, sabe-se que recebe por ano cerca de 123 espécies visitantes de longo percurso, um número expressivo. Em meados de outubro, em plena primavera, as árvores das praças de cidades como São José do Rio Preto, Barretos, Rio Claro, recebem hóspedes internacionais: 
andorinhas azuis norte-americanas que tradicionalmente passam férias no interior paulista. Há 30 anos não passavam de 6 mil, mas em 1985, cerca de 70 mil andorinhas azuis estiveram por lá, 2 anos mais tarde as concentrações atingiriam 120 mil pássaros. As aves de vôos longos possuem camada de gordura combustível pesando mais da metade do peso do seu corpo. As migrações remontam a Grécia antiga. O célebre filósofo Aristóteles (384-322AC), já constatava que espécies como os pelicanos e os grous, migravam, enquanto o cotovia, o melro e a rola entravam em profundo estado de letargia, hibernando em refúgios escondidos. O CEMAVE foi criado em 1977 e já marcou mais de 140 mil aves. Nesse vai e vem, até a poluída e superpovoada capital de São Paulo, entrou na rota. Garças e mergulhões escolheram como pousada as margens do lago do Instituto de Botânica, próximo ao jardim zoológico da Água Funda. Nada de anormal, já que ali, no ano de 1991, tais aves ao invés de retornarem ao local de origem, preferiram ficar, provocando um desequilíbrio ecológico. O nitrogênio que resulta das fezes destas aves queimou folhas de árvores e cerca de 5 mil metros quadrados de mata natural foram destruídas. Um mergulhão come em média 700 gramas de peixe por dia.
Mergulhão



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